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A partida do HMS Beagle
Em 28 de novembro de 1831, FitzRoy ofereceu um esplêndido almoço para cerca de 40 convidados, que valsaram até tarde da noite. No dia 5 de dezembro, o tempo estava bom e finalmente partiriam. Mas o vento forte voltou a soprar do sul e novamente a viagem foi adiada. Em 10 de dezembro houve uma nova tentativa. Chegaram a zarpar, mas depois de uma noite em mar revolto, retornaram ao porto de Plymouth. Dia 26 de dezembro, as condições de navegação estavam ótimas, mas a tripulação que manteve a tradição de se embriagar no dia de Natal, estava num estado deplorável. Enquanto isso, Darwin ganhou tempo para se adaptar à vida no navio. Organizou seus livros, equipamentos e roupas em sua cabine, aprendeu a dormir numa rede, sofreu com seus enjoos e iniciou seu famoso diário de bordo: “O diário do Beagle”. Finalmente, dia 27 de dezembro, o HMS Beagle zarpou de Plymouth.
Para o capitão, os principais objetivos dessa expedição eram: continuar o levantamento cartográfico e hidrográfico da costa Sul da América do Sul, através de cronômetros e observações astronômicas, verificar a longitude de algumas regiões cujas medidas anteriores acusavam discrepâncias, como foi o caso do Rio de Janeiro, e registrar as marés e as condições meteorológicas ao longo da viagem. Contudo, a verdadeira motivação dessa viagem para FitzRoy era devolver à Terra do Fogo três aborígenes que tinham sido levados para Inglaterra numa viagem anterior.